Há muito tempo que deixou de fazer parte dos sons da cidade de de Vila Real o som do comboio a chegar à Estação, assim como tumulto que advém deste meio de deslocação. A casa que agora é lugar de grandes degustações, foi outrora o armazém de mercadorias do palco de despedidas e idas e vindas de milhares de pessoas.
Ganhou nova vida ao longo dos anos, mas há uma história que o trouxe até aos dias de hoje.
Em 1870, o planeamento da continuação da Linha da Póvoa até Vila Real e Chaves foi executado por Oliveira Martins, empresário e político.
As obras começaram a 24 de Agosto de 1903, com a Linha do Corgo a ser construída pela Divisão do Minho e Douro dos Caminhos de Ferro do Estado.
O comboio chegou pela primeira vez a Vila Real em 1 de Abril de 1906 mas só a 12 de Maio de 1906 a estação foi inaugurada. Para a cerimónia de inauguração foi construído um comboio especial, rebocado por uma locomotiva da Série E161 a E170.
O alargamento da linha sofria alterações a olhos vistos, chegando a Pedras Salgadas a 14 de Julho de 1907, a Vidago em 20 de março de 1910 e a Chaves a 28 de agosto de 1921.
O comboio serviu a população que não tinha outro meio de transporte para se deslocar. Contudo, assim como foi rápida a sua ascensão, também a descida o foi.
O tramo entre Vila Real a Chaves foi encerrado a 01 de janeiro de 1990 e a 25 de março de 2009 encerra a linha entre Vila Real e a Régua para remodelação. A linha foi encerrada na sua totalidade em julho de 2010 e suprimida no final de 2011.
Uma história com passado que marcou as deslocações dos vilarealenses.
A estação fechou, mas o antigo armazém de mercadorias, pertencente a um edifício histórico com mais de 100 anos, continua a fazer parte da narrativa da cidade transmontana, agora a fazer as delícias de todos quantos o visitam.
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